Influências

Fonte: http://pijamasurf.com/2013/05/10-palabras-sobre-el-amor-que-no-existen-fuera-de-su-propio-idioma-y-nombran-experiencias-unicas/ 

1. Mamihlapinatapei: en yagan, un idioma del pueblo aborigen homónimo que habita en las latitudes más australes de Sudamérica (especialmente en Isla Grande de Tierra del Fuego y Cabo de Hornos), la situación existente entre dos personas que al mismo tiempo que desean iniciar una relación amorosa entre sí, ambos se sienten reluctantes, renuentes, a dar el primer paso.

2. Yuanfen: en chino, una relación signada por el destino. Un concepto que encuentra su propia lógica desde el principio de la predeterminación que rige la existencia de una persona. Un poco como lo expuesto por el narrador de Deustches requiem, el cuento de Borges:
En el primer volumen de Parerga und paralipomena releí que todos los hechos que pueden ocurrirle a un hombre, desde el instante de su nacimiento hasta el de su muerte, han sido prefijados por él. Así, toda negligencia es deliberada, todo casual encuentro una cita, toda humillación una penitencia, todo fracaso una misteriosa victoria, toda muerte un suicidio. No hay consuelo más hábil que el pensamiento de que hemos elegido nuestras desdichas; esa teleología individual nos revela un orden secreto y prodigiosamente nos confunde con la divinidad.

3. Cafuné: en el portugués de Brasil, el acto de pasar los dedos tiernamente por el cabello del ser amado.

4. Retrouvailles: en francés, la alegría de reencontrarse con alguien después de mucho tiempo sin verlo.

5. Ilunga: en bantú, una familia de lenguas africanas no afroasiáticas (como el zulú y el suajili, entre otras), una persona que perdona una ofensa la primera vez, la tolera en una segunda ocasión pero nunca una tercera.

6. La douleur exquise: también en francés, el dolor que se siente cuando se desea a alguien que no se puede tener. “Buscan luego mis ojos tu presencia” (Sor Juana): la frustración de tenerte frente a mí y, sin embargo, no tenerte de ningún modo.

7. Koi No Yokan: japonés para la sensación de conocer por vez primera a alguien y, en ese mismo instante, saber que ambos están destinados a enamorarse.

8. Ya’aburnee: “Entiérrame”, una declaración en árabe que expresa la esperanza de que uno de los amantes muera primero, porque quien la dice supone que no podría vivir si el otro faltara.

9. Forelsket: en noruego, la euforia propia de la primera vez que uno se enamora.

10. Saudade: una de las palabras más características del portugués, polisémica; en el caso del amor, se refiere al sentimiento de amar aún a alguien que se ha perdido; también “un deseo vago pero constante por alguien que no existe y probablemente no pueda existir”.

Livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças, de Javier Naranjo
  • Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
  • Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)
  • Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)
  • Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)
  • Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)
  • Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)
  • Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)
  • Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)
  • Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
  • Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)
  • Guerra:Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
  • Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)
  • Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)
  • Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)
  • Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
  • Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)
  • Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)
  • Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)
  • Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
  • Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)
  • Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)
 
Banksy: Guerra e Spray. p.23

O regime corrupto e brutal do presidente Ceausescu, da Romênia, era malfalado em todo o mundo. Seu governo feroz controlou o país por muitos anos, esmagando impiedosamente qualquer demonstração de dissidência. Em novembro de 1989, ele foi reeleito para mais cinco anos na presidência e ovacionado quarenta vezes com aplausos de pé por seus correligionários.

Em 21 de dezembro, sentindo-se incomodado por um pequeno protesto em defesa de um pastor protestante em Timisoara, uma cidade do oeste do país, o presidente foi convencido afazer um pronunciamento público em Bucareste.

Nica Leon, um homem solitário em meio à multidão, incapaz de tolerar Ceausescu e as condições insuportáveis a que ele submetia o povo, começou a gritar em defesa dos rebeldes de Timisoara. A multidão ao seu redor, obediente ao extremo, pensou que o grito "Vida longa a Timisoara!" fosse algum slogan novo do governo e começou a fazer coro. Foi só quando ele passou a gritar "Abaixo Ceausescu!" que as pessoas perceberam que algo estava errado. Apavorados, todos tentaram se afastar de Nica e deixaram cair, na fuga, as faixas que carregavam. Na confusão, as varas de madeira que sustentavam as faixas começaram a quebrar quando pisoteadas, assustando as mulheres, que gritaram. O pânico que se seguiu soava como uma grande vaia.

O impensável estava acontecendo. Ceausescu permanecia no palanque, paralisado pela incerteza, com sua boca se abrindo e fechando. Até mesmo o cinegrafista oficial tremia de medo. O chefe da segurança atravessou o palanque, se aproximou do presidente e sussurrou: "Eles estão entrando." Isso foi captado claramente pelo microfone da rádio do governo e transmitido ao vivo para o país inteiro.

Esse foi o início da revolução. Uma semana depois, Ceausescu estava morto.


Liberdade - Carlos Marighella

Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome.


Rondó da liberdade - Carlos Marighella


É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.
Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.


O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.



Pássaro Azul - Charles Bukowski


              

Há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou muito durão,
e digo, fica aí dentro,
não vou deixar
ninguém te ver.
Há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu derramei whisky em cima dele
e inalo fumaça de cigarros
e as putas e os empregados do bar
e os funcionários da mercearia
nunca saberão
que ele se encontra
lá dentro.
Há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou muito durão,
e digo, fica aí escondido,
quer me arruinar?
quer foder o
meu trabalho?
quer arruinar
as minhas vendas de livros
na Europa?
Há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou muito esperto,
e só o deixo sair à noite
às vezes
quando todos estão dormindo.
e digo, eu sei que você está aí,
por isso
não fique triste.
Depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta pouco lá dentro,
não o deixo morrer de todo
e dormimos juntos
assim
com o nosso
pacto secreto
e é bom o suficiente
para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,

e você?


Sr. Arkadin - Orson Welles (1955)

Sr. Arkadin promove um baile de máscaras em seu castelo na Espanha. Com o copo na mão, ele diz aos seus convidados: «Não, não vou fazer um discurso, vou propor um brinde, em estilo georgiano. Os brindes georgianos sempre são antecedidos por uma pequena estória... Eu tive um sonho. Sonhei que estava em um cemitério onde todas as lápides estavam marcadas de um modo curioso -- '1822--1826', '1930--1934', todas dessa forma, sempre com um tempo muito curto entre nascimento e a morte. No cemitério havia um homem idoso. Eu lhe perguntei como foi que ele conseguiu viver tanto tempo quando todo mundo vivia tão pouco em sua aldeia. Então ele respondeu: 'Não é que morremos cedo, é que por aqui nossas lápides não contam os anos de vida de um homem, mas apenas o período de tempo em que ele conseguiu manter uma amizade'. Um brinde à amizade!

(Último bloco do antifilme "A sociedade do espetáculo - Guy Debord")


A mulher do próximo - Sergio Kohan 

‘Não desejarás a mulher do próximo’.
E a mulher do próximo pode me desejar?
E se desejo o próximo ou se ele me deseja?
... E se o próximo não deseja a mulher dele?
E se a mulher do próximo não deseja a ele?
E se os três nos desejamos?
E se ninguém deseja ninguém?
E se minha mulher deseja a mulher do próximo?
E por que não o próximo?
E se o próximo deseja minha mulher?
E se eu desejo a minha mulher e a do próximo?
E se ambas me desejam?
E se todos nos desejamos?
Sempre aparecerá alguém para dizer:
‘Vamos parar por aí, pára por aí
Não desejarás, não desejarás e ponto final’.

 


Como eu não me importei com ninguém - Bertolt Brecht


Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.



                            Movimentos    
                         

“Nesse happening eu chegava de carro e descia com uma pasta de executivo. Eu havia preparado uma parede no fundo da galeria e, por trás dela, tinha deixado uma frase pronta e um recorte fotográfico de dois olhos muito severos olhando para a frente. Eu abria a pasta e tirava uma máquina de furar. Desenhava um ponto a 80cm do chão e escrevia ‘Olhe aqui’. As pessoas se abaixavam e olhavam pelo buraco. Lá dentro estava escrito: ‘O que é que você está fazendo nessa posição ridícula, olhando por um buraquinho, incapaz de olhar à sua volta, alheio a tudo o que está acontecendo?”

Carlos Vergara sobre a inauguração da Galeria G4, na Rua Dias da Rocha, em Copacabana. Abril de 1966.


           Os soldados e a guerra - Bertolt Brecht

                                                              você bate palma e não sabe o porquê

Aqui estão os soldados.
Oferecem sopa e carne
para que ninguém pergunte,
no fragor da batalha,
porque eles vão à guerra.                                                              


                       Amy Pessoa



Lisbon revisited - Álvaro de Campos

Não: não quero nada.
Já disse não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) -
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito de sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!

Queriam me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disso, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havermos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!

Ó ceu azul - o mesmo da minha infância -
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!


Rehab - Amy Whinehouse

Cause there's nothing. There's nothing you can teach me.

            Cold - Carol Ann-Duffy


It felt so cold, the snowball which wept in my hands,
and when I rolled it along in the snow, it grew
till I could sit on it, looking back at the house,
where it was cold when I woke in my room, the windows
blind with ice, my breath undressing itself on the air.
Cold, too, embracing the torso of snow which I lifted up
in my arms to build a snowman, my toes, burning, cold
in my winter boots; my mother's voice calling me in
from the cold. And her hands were cold from peeling
then dipping potatoes into a bowl, stopping to cup
her daughter's face, a kiss for both cold cheeks, my cold nose.
But nothing so cold as the February night I opened the door
in the Chapel of Rest where my mother lay, neither young, nor old,
where my lips, returning her kiss to her brow, knew the meaning of cold.


                     Diante da Lei - Franz Kafka
    



















Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo chega a esse porteiro e pede para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde.
-É possível - diz o porteiro - mas agora não.
Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta e o porteiro se põe de lado o homem se inclina para olhar o interior através da porta. Quando nota isso o porteiro ri e diz:
-Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala porém existem porteiros cada um mais poderoso que o outro. Nem mesmo eu posso suportar a simples visão do terceiro.
O homem do campo não esperava tais dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele; agora, no entanto, ao examinar mais de perto o porteiro, com o seu casaco de pele, o grande nariz pontudo, a longa barba tártara, rala e preta, ele decide que é melhor aguardar até receber a permissão de entrada. O porteiro lhe dá um banquinho e deixa-o sentar-se ao lado da porta.
Ali fica sentado dias e anos. Ele faz muitas tentativas para ser admitido e cansa o porteiro com os seus pedidos. Às vezes o porteiro submete o homem a pequenos interrogatórios, pergunta-lhe a respeito da sua terra natal e de muitas outras coisas, mas são perguntas indiferentes, como as que os grandes senhores fazem, e para concluir repete-lhe sempre que ainda não pode deixá-lo entrar. O homem, que havia se equipado com muitas coisas para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que seja, para subornar o porteiro. Com efeito, este aceita tudo, mas sempre dizendo:
-Eu só aceito para você não julgar que deixou de fazer alguma coisa.
Durante todos esses anos o homem observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece os outros porteiros e este primeiro parece-lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos amaldiçoa em voz alta e desconsiderada o acaso infeliz; mais tarde, quando envelhece, apenas resmunga consigo mesmo. Torna-se infantil e uma vez que, por estudar o porteiro anos a fio, ficou conhecendo até as pulgas da sua gola de pele, pede a estas que o ajudem a fazê-lo mudar de opinião.
Finalmente sua vista enfraquece e ele não sabe se de fato está ficando mais escuro em torno ou se apenas os olhos o enganam. Não obstante reconhece agora no escuro um brilho que irrompe inextinguível da porta da lei. Mas já não tem mais muito tempo de vida. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para que se aproxime, pois não pode mais endireitar o corpo enrijecido. O porteiro precisa curvar-se profundamente até ele, já que a diferença de altura mudou muito em detrimento do homem:
-O que é que você ainda quer saber? pergunta o porteiro. Você é insaciável.
-Todos aspiram à lei - diz o homem. Como se explica que em tantos anos ninguém além de mim pediu para entrar?
O porteiro percebe que o homem já está no fim e para ainda alcançar sua audição em declínio ele berra:
-Aqui ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a.

  O passageiro sombrio - Dexter Morgan


Eu só sei que existe algo sombrio em mim.
E eu escondo.
E certamente não falo sobre.
Mas está lá, sempre.

Esse passageiro sombrio.
Quando ele está dirigindo eu me sinto vivo.
Meio mal de ter essa sensação de estar totalmente errado.

Não luto contra eles, não quero.
É tudo que tenho.
Nada mais poderia me amar,
Nem eu mesmo.

Ou é só uma mentira que o passageiro da escuridão me conta?
Pois existem momentos ultimamente em que me sinto...
Conectado a algo mais, alguém.

É como se a máscara caísse.
E coisas, pessoas, que nunca tiveram a mínima importância...
Passam a ter.
Isso me assusta muito.

Essas coisas me fazem parecer humano,
Nunca achei que poderia me ver humano um dia.
Talvez este dia esteja mais próximo que eu mesmo imagino.

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