27 de dez. de 2011

Aceito, porém triste.

Tenho tanto amor pra dar ao mundo
que guardo pouco pra mim.
O que me sacia realmente
é ver os outros embebidos pela minha paixão de viver,
achando significados existenciais dentro de minhas frases.
Pra mim, só guardo fantasias.
Dar amor é mais fácil que ser amado.
Só de imaginar que ter alguém remete a sofrer
faz com que me infiltre em outras vidas,
e assim saio delas
na hora que bem entendo.
Escrevo poemas, faço arte, conto estórias,
me invento criança,
mas quando o assunto é se arriscar no amor:
evito-os.
Que o leitor não se assuste com o plural,
visto que num planeta de corações resfriados
meu simples olhar de interesse no que tu me dizes
já te cativa.
Eu tenho tempo para suas bobeiras, que a mulher-etiqueta não tem.
Já fui cortada internamente por flechadas que não atingiram o alvo
e rasparam as bordas do meu coração, deixando feridas que não se fecham. 
Por isso, aceite meu amor passageiro.
Se for acertada por mais umas dessas setas, tenho chances de perder toda a substância vermelha
que para muitos é sangue e pra mim é a paixão.

19 de dez. de 2011

A cidade que não tem muitos espelhos

http://www.youtube.com/watch?v=l_M4vwH34p4&feature=related

Homenagem a Paraty!

"Cantando eu mando a tristeza embora".