20 de out. de 2012

Os meninos dos sorrisos fáceis

Dois meninos.
Muitas figurinhas.
Sintonia, amizade, diversão.
Brincam de virar cartas.
- Tio, quem falou primeiro?
É o que perguntam a mim
a fim de descobrirem quem começa a próxima jogada.

Só me resta admirar os dois pequenos mestres.

Disputam o privilégio de virar as cartas com as duas mãos
numa batalha argumentativa de chamar atenção.
Tento me inserir no contexto
como um fã aficionado por seu ídolo, ao vê-lo em ação.
Pergunto a eles
se sabem o motivo dos números pares saírem com maior frequência do que os ímpares
numa disputa de par ou ímpar.
Quem me responde é o desprezo.
Naquele pequeno universo composto por dois espíritos desprendidos
pouco importa as ciências exatas ou o racionalismo dos "tios".

Só me resta admirar os dois pequenos mestres

Enquanto perco tempo refletindo sobre erros do passado
eles aproveitam
criando, agindo e sorrindo no tempo presente.

Por isso, vivem!
Por riso!

O futuro?
Chegará no seu tempo.
Não se preocupam.
Não pensam ainda que o tempo da diversão da tarde,
pode ser o período que faltará no futuro

Por isso, vivem!
Por riso!

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